31.7.03

Apenas adormecer ao seu lado
Peterson Foka


Apago as luzes e vejo seu contorno
acenando para o limiar da nossa poesia
escrita outrora, inspirada no seu inverno
vivida a muito, onde existia a alegria.

Cerro os olhos e divido lágrimas em sua face
por um universo que não emergiu
incomparável, como se você me amasse
inconformável, como um sonho que existiu.

Tento aquecer-me desta fria solidão
e recordo do seu beijo, abraço...
perturba minha alma, fere meu coração
fútil é minha noite, em vão o que faço.

Eu apenas querida adormecer
com você ao meu lado
e talvez poderia sentir
eu, como alguém amado.

E assim perdido, vejo, mas não te acho
há muito tento, já sem esperança
neste labirinto vil, irrealidade febril
Você e eu, apenas uma lembrança.

[Listening to: Turn the Lights Down - a-ha - Lifelines (04:15)]

30.7.03

“Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, mas não vai sozinha e nem nos deixará só, porque leva um pouco de nós e deixa um pouco de si.
Há os que levam muito e deixam pouco, há os que levam pouco e deixam muito.
Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que não nos encontramos por acaso.”
(Charles Chaplin)



"Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te" (Shakespeare)


"Os espinhos que colhi são da árvore que plantei." (Lord Byron)


"O tempo é a imagem móvel da eternidade." (Platão)


"A verdade é filha do tempo e não da autoridade." (Galileu Galilei)

"Outros terão
Um lar, quem saiba, amor, paz, um amigo.
A inteira, negra e fria solidão
Está comigo.
A outros talvez
Há alguma coisa quente, igual, afim
No mundo real. Não chega nunca a vez
Para mim.
'Que importa?'
Digo, mas só Deus sabe que o não creio.
Nem um casual mendigo á minha porta
Sentar-se veio.
'Quem tem de ser?'
Não sofre menos quem o reconhece.
Sofre quem finge desprezar sofrer
Pois não esquece.
Isto até quando?
Só tenho por consolação
Que os olhos se me vão acostumando
À escuridão."


Fernando Pessoa


29.7.03

"Eu apenas querida adormecer
com você ao meu lado
E talvez poderia sentir
eu, como alguém amado."

28.7.03































Esta semana, dia 01 agosto, estréia um dos filmes mais esperados do Ano: O Exterminador do Futuro 3 - Perto do dia do julgamento, o jovem John Connor precisa escapar e deter máquina do futuro que veio desencadear o fim da humanidade.
Pelas críticas, o filme faz jus a sequência. Mais um filme pra assistir no dia da estréia =))

Trailers | Wallpapers | Fotos | Site Oficial (BR)















25.7.03


Cupido e Psique - François Gerard

Quanta lenda tão bela, outrora, nesse dia
Longínquo em que a razão tornava à fantasia
A asa multicor e, entre areias de ouro,
O rio carregava um líquido tesouro!
Quando a mulher, sem par, beleza peregrina
Que de sofrer e amar e lutar teve a sina,
A terra percorreu, exausta, noite e dia,
Em procura do Amor, que só no céu vivia!


T.K. Harvey

24.7.03

Seguem mais fotos. Desta vez os coadjuvantes são o pessoal do trampo (e eu). Um pior que o outro (rs).
Na 1º foto temos o Jgui e o Ferrador vendo um filminho pornô no micro do Ivan. Este da esquerda, o Jefferson, não está compartilhando a felicidade mútua por que não é atraído por tal: ele é gay (rs).
Na 2º foto, este que a pouco fora no banheiro (dps da sessão pornô), se contaminou pelo stress básico no trampo: está resolvendo alguma merda que outro analista cometeu.
Na 3º foto, nossa amiga Dani, a mais desejada do depto, pega de surpresa. Percebam que ocorreu um erro no micro dela. Motivo: estava tentando ler um disquete sendo que não o colocou no driver! Mulheres...
Na 4º foto temos novamente o famigerado Jefferson, em um momento de concentração. Parece meio triste, bem provável que teve uma briga com o seu namorado (será que ele é ativo ou passivo?) na última noite.
Na 5º, temos a salvação do time: as Deusas do SPOC (falta uma, a Aninha). A mais alta é a Babi, A Supervisora. A Dri e a Dani completam a paisagem com suas indiscutíveis belezas, comparada as das deusas da mitologia: Afrodite, Minerva e Diana.
Na foto ao lado, Jgui e Guile, tentando fazer cara de mau: mas não convencem - são bobos iguais os outros!
Na seguinte, Ivan (recuperado do stress), eu (tirando um feijão dos dentes) e o trânsito na 23.
Na penúltima foto, eis o autor deste post e deste blog... prefiro não fazer comentários sobre ele, por questões óbvias.
Finalmente, na última foto, temos um degrade facial: reparem, a garota chocolate (Ana), o Edu (que bico é esse?) e a Dani, com o rosto engessado.
Faltaram algumas pessoas, assim que tiver as fotos deles eu posto aqui, juntamente com os devidos comentários.
Abração pra vcs!





















23.7.03

Lifelines
A-Ha

One time to know that it's real
One time to know how it feels
That's all
One call - your voice on the phone
One place - a moment alone
That's all

What do you see?
What do you know?
What are the signs?
What do I do?
Just follow your lifelines through
What do you hate?
What do I do?
What do you say?
Don't throw your lifelines away
Don't throw your lifelines away

One time - just once in my life
One time- to know it can happen twice
One shot of a clear blue sky
One look - I see no reasons why you can't
One chance to be back
To the point where everything starts
Once chance to keep it together
Things fall apart
Once I make us believe it's true

What do we see?
Where do we go?
What are the signs?
How do we grow?
By letting your lifelines show
What if we do? What up to now?
What do you say?
How do I know?
Don't let your lifeline go
Don't let your lifeline go
Don't let your lifeline go

[Listening to: Lifelines - a-ha - Lifelines (04:18)]

22.7.03

Linhas do tempo
Peterson Foka

O que há neste velho recinto
senão você em esperança?
Em minha profunda mágoa
ou em íntima desconfiança?

Tudo sempre em vão
nas linhas do tempo perdido.
Se lhe ofereço minha solidão
foges do amanhã não sofrido?

Tuas palavras mudas
são setas em minha ferida
secam lágrimas turvas
esvanecem sobras da vida.

21.7.03

É uma brisa leve
Fernando Pessoa


É uma brisa leve
Que o ar um momento teve
E que passa sem ter
Quase por tudo ser.


Quem amo não existe.
Vivo indeciso e triste.
Quem quis ser já me esquece
Quem sou não me conhece.


E em meio disto o aroma
Que a brisa traz me assoma
Um momento à consciência
Como uma confidência.

18.7.03

Titã, a cujos olhos imortais
As dores dos mortais
Mostram-se em sua crua realidade,
Como algo que os próprios deuses vêem.
Que prêmio mereceu tua piedade?
Um profundo e silente sofrimento
O abutre, a corrente, a rocha,
E o orgulho de sofrer sem um lamento.


Shelley

16.7.03

Sou tão infância agora, me desculpe, são apenas plágios de um passado não terminado. São fantasmas que me assombram com saudades de uma época em que a doçura e a inocência eram tão naturais quanto imperceptíveis. Quando costumava permanecer por horas deitado vendo as estrelas, junto aos meus fiéis amigos. Em um mundo em que as luzes celestes me traziam apenas inspiração, belezas infinitas. (Hoje, traz-me uma leve tristeza, por saber que minha vida são como elas, lembranças.)
Fazem-me caminhar sobre as nuvens e poder me ver lá em baixo, feliz sem saber o por quê. A alegria e o riso são tão constantes, verdadeiros. Sou como um sonho. Tudo é. Capaz de equilibrar no alto de um prédio sem a preocupação de cair. Poder gritar meio a multidão sem ter vergonha. Andar por traços desconhecidos, guiado pelos relórios naturais. Ah, quanto mais me vejo, mais me odeio. Mais quero exonerar-me. Tudo parece recordações de um sonho distante e saber que são apenas laços confusos faz-me esquecer o futuro. E quando tento apenas olhar o agora, vomito em suas vestes torpes, pois o que era belo fora sucumbido.
Perturbação. Assim sempre será, enquanto esses fantasmas persistirem em viver.


[Listening to: A-ha - Solace - (04:20)]

11.7.03

Eu sou o filho
E o herdeiro
De uma timidez que é um crime vulgar
Eu sou o filho e herdeiro
De nada em particular

Você fechou sua boca
Como você pode dizer
Eu faço coisas de modo errado?
Eu sou humano e preciso ser amado
Gosto do que todo mundo faz


Eu sou o filho
E o herdeiro
De uma timidez que é um crime vulgar
Eu sou o filho e herdeiro
De nada em particular

Você fechou sua boca
Como você pode dizer
Eu faço coisas de modo errado?
Eu sou humano e preciso ser amado
Gosto do que todo mundo faz


Há um clube, você gostaria de ir
Você poderia conhecer alguém que realmente ama você
Assim, você vai, e estás de pé por conta própria
E parte de você por conta própria
E você vai para casa e chora
E você quer morrer

Quando você diz que é agora que as coisas acontecem
Bem, quando exatamente você quer dizer?
Veja, eu já esperei por muito, muito tempo
E toda minha esperança se foi


[Listening to: How soon is now? - T.A.T.U. - 200 Km/h In The Wrong Lane (03:16)]

Este passado gravado,
eternizado em lápides humanas
são as sobras da memória
conduzida por quilômetros a fora
ao desespero, ansiedade, vontade...
Ao distante não se arriscou, mas o suficiente
para alertar-me da proximidade do fim
O distinto e solitário fim carnal.
No instante em que o vento sopra
as folhas das gigantes paisagens
deleito-me com a mansidão do vazio
virando as páginas desse álbum ingrato
Faz-me lembrar que outrora fui sóbrio
Misturava-me ao ritmo da canção
contaminando com os prazeres joviais
Em um lapso o Rei, nos seguintes o Faminto
Queima! Queima!
Isola esta epidemia descontrolada
que me ataca em alucinações
da beleza perdida, do amor corrompido
Ainda posso tocá-la, pele macia
senti-la na mais profunda das sensações
Como se tudo existisse,
flocos de neve flutuassem...
Derretessem na exaustão do fogo
da irrealidade inacabada.
Desfigura-se a última cinza
das folhas de ontem
semelhante a nostalgia
Entregada aos que mentem.

9.7.03

"Na inexorável travessia para o amanhã,
O vento não apaga as pegadas
De alguma forma as eterniza.
Ao acordar, nada fora
Visíveis permanecem, afrontando-me
Para que nunca me esqueça."

8.7.03

Neste domingo aconteceu algo de que eu nunca me esquecerei. Um susto que ficará lapidado em minha mente pelo resto de minha existência. Eu já explico: Meus amigos fizeram uma festinha supresa pra mim. Ficaram a semana toda combinando os detalhes e eu nem me toquei. Quando cheguei da locadora, ao entrar na copa, UUUUHHH!!! Queria ter visto a minha expressão naquele momento, deve ter sido muito engraçada. Quero agradecer a todos que fizeram o momento acontecer... nunca me esquecerei...
Pri, Pam, Neni, Swe, Karin, Thel, Miriã, Milca, Dri, Debby, Carol, Fê, Jason, Juninho... até o Xico compareceu!
Valew Pessoal!!! Vcs sempre estarão no meu coração!

5.7.03

Saudações vitulinas!
Saíram do forno mais fotos! Desta vez do aniversário de 15 anos da Fê, que por sinal foi muito bom. A turminha da sempre não poderia faltar e deixar os seus registros:






















4.7.03

"Viver é desenhar sem borracha"
~ Millor Fernandes ~


Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo,
qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim

~ Chico Xavier ~


Amar-se é o início de um romance para a vida toda.
~Oscar Wilde~


A palavra progresso não terá qualquer sentido
enquanto houver crianças infelizes

~Albert Einstein~


É preciso ser um realista para descobrir a realidade.
É preciso ser um romântico para criá-la

~Fernando Pessoa~

3.7.03

"Sei que ainda há esperança
para a vida não terminada,
Que ainda há chance
para os erros não encontrados,
Que ainda há saída
para a corrupção não conscientizada.
Sei que ainda há vida
para os órfãos da sociedade
E que haverá a morte
para os assassinos da bondade
Apenas não estou certo
se neste confuso mundo
que rege em minha mente
Ou nas caóticas imagens
que surgem ao abrir os olhos"


[Listening to: Torn Apart [Remix] - Stabbing Westward & Wink - (04:52)]

2.7.03

Hoje, um dia como outro qualquer, acordei com o despertador do pensamento. Em breve terei que me misturar com o ar lá fora, conhecer diversas faces, entender sons confusos, exercer as tarefas de sempre... O engraçado é que cada um desses ciclos deveriam ser diferentes, misteriosos, já que se trata do tempo não crescido. E não são. Em sua índole, todos são iguais. Sua influência em minha existência a transforma na tola mesmice. As horas consumidas acabam se tornando completamente vazias. Se não há sentido, este nasce onde há o vácuo preenchendo a ausência. Flechas ferem meu consciente com a mesma questão: há de ser diferente quando, em um presente quase inexistente, o fim se torna o começo? Em minha falha memória, não há registros de um passado distinto. O presente não há de ser diferente. Começo a me inclinar para a teoria de que a vida é folha seca pisoteada por ela mesma: apenas existe, como tudo. Como o ciclo.